A APCOR realizou a 3a Edição da Gala Anual da Cortiça, no dia 21 de Setembro de 2012, pelas 19 horas, no Centro de Congressos e Exposições da Alfândega do Porto (Sala do Arquivo).
A APCOR elegeu sete categorias de Prémios que distinguiram diferentes áreas do saber. Os premiados foram:
Prémio Conhecimento- Biocant – Centro de Inovação em Biotecnologia, pelo seu trabalho de investigação sobre o genoma do sobreiro;
Carlos Faro, Biocant e Ricardo Lopes Ferro, do Bureau Veritas
Prémio - Conhecimento
Biocant – Centro de Inovação em Biotecnologia
É um centro de investigação aplicada para a área de biotecnologia que além de apoiar as empresas, também desenvolve actividades de Investigação e Desenvolvimento por iniciativa própria, contratada ou em colaboração com instituições nacionais ou internacionais. Está organizado em oito unidades de Investigação e Desenvolvimento como: Biologia Celular, Biotecnologia Molecular, Genómica, Microbiologia, Serviços Avançados (que inclui as áreas de sequenciamento do genoma e espectrometria de massa), Sistemas Biológicos, Bioinformática e Engenharia de Tecidos.
Através da sua Unidade de Serviços Avançados, utilizou tecnologia de sequenciação de DNA de última geração para obter informação em larga escala do transcritoma do sobreiro. A iniciativa decorreu no âmbito do COEC – Cork Oak Est Consortium, que envolveu cerca de 20 equipas de investigadores portugueses. Os dados obtidos por este consórcio constituem o maior recurso genómico de sobreiro e serão fundamentais para o estudo da biologia e diversidade de Quercus Suber, com especial foco na adaptação às mudanças ambientais.
Na área do sobreiro está, ainda, em curso um projecto sobre a comunidade microbiana de montados, em que o objectivo é conhecer a estrutura e a composição das comunidades microbianas e explorar a interacção dos microorganismos com o sobreiro.
O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?
É um reconhecimento que muito nos honra e motiva para continuar a desenvolver investigação de qualidade do interesse do sector. Cada vez mais a investigação é um esforço conjunto que envolve vários grupos de investigação nacionais e estrangeiros, reunidos
em torno de um tópico comum. O Biocant assumiu a cortiça e mais genericamente o vinho e a vinha como áreas de diferenciação internacional. Esta homenagem tem por isso um significado especial uma vez que reconhece o nosso esforço em prol de um sector tão importante para o País. Como encara este tipo de iniciativa?
Como é óbvio não trabalhamos para ganhar prémios mas sim para trazer valor económico através da investigação. No entanto, este tipo de iniciativa é muito gratificante: por um lado é bom ser reconhecido pela qualidade do nosso trabalho, e por outro, estimula-nos a ser cada vez melhores e a abraçar cada vez mais os desafios do futuro. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?
Não tenho conhecimento nem experiência suficiente do sector para dar conselhos/orientações. Deixo apenas o desafio de maior contacto com as instituições de I&D de vanguarda para que a investigação aí realizada possa responder aos reais interesses do sector.
CorkSorb, da Amorim Isolamentos
Recebeu, recentemente, o prémio Produto Inovação Cotec-Unicer, patrocinado pela Presidência da República Portuguesa, uma distinção que pretende eleger produtos inovadores, dirigidos a mercados globais e desenvolvidos por empresas portuguesas.
Em 2010 foi galardoado com o Prémio Nacional de Inovação Ambiental e, em 2011, com os Green Project Awards, na categoria de Produto.
Foi-lhe, ainda, atribuído o Prémio de Inovação para a Sustentabilidade.
O CorkSorb teve origem num processo de investigação e desenvolvimento que permitiu uma melhor compreensão das capacidades de absorção da cortiça e o desenvolvimento de um tratamento superficial que potencia as características hidrofóbicas deste material.
Esta inovadora aplicação da cortiça, que tem a capacidade de absorção de mais de 9 litros de óleo por cada kg de cortiça e a capacidade de se manter em meios aquáticos sem absorver água, fazem com que tenha um comportamento excelente para lidar com derrames em meio aquático como os que atingiram a costa da Galiza, em 2002, ou o golfo do México, em 2010.
Prémio - Inovação
Aliada às características técnicas, e por ser considerado um subproduto resultante do fabrico de outros produtos como as rolhas de cortiça, esta solução apresenta-se como uma alternativa "natural, sustentável, não tóxica e eficaz" face aos concorrentes à base de polipropileno.
Com cerca de 80% das vendas a serem canalizadas para exportação, esta gama de absorventes tem-se afirmado no mercado internacional, sendo actualmente comercializada em 21 países. O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?
É sempre agradável e motivador sentir o reconhecimento da APCOR pelo trabalho profícuo de investigação e divulgação de um produto de cortiça para aplicação inovadora, acrescentando valor e prestigio à cortiça Portuguesa. Como encara este tipo de iniciativa?
Trata-se de uma iniciativa louvável e encorajadora ao desenvolvimento de projectos de investigação e consequente desenvolvimento de novas práticas para a melhoria de processos e aplicações inovadoras. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?
É inegável a melhoria de qualidade e imagem do sector da cortiça no decorrer dos últimos anos. Deverá ser uma evolução continuada, de forma a estar preparada para enfrentar qualquer eventual adversidade, adaptação às permanentes e novas exigências do mercado consumidor.
Prémio - Informação
Compete
Visa a melhoria sustentada da competitividade da economia portuguesa num contexto de mercado global, intervindo sobre dimensões consideradas estratégicas, como a inovação, o desenvolvimento científico e tecnológico, o empreendedorismo, a internacionalização e a modernização da Administração Pública.
Para alcançar a sua estratégia dispõe de quatro tipos de instrumentos, em torno de Eixos Prioritários, como os Sistemas de Incentivos ao investimento das empresas; Mecanismos de Engenharia Financeira; Acções Colectivas; Acções Públicas dinamizadoras da modernização da Administração Pública e do desenvolvimento da capacitação do sistema científico e tecnológico nacional.
As Acções Colectivas são um instrumento de apoio indirecto às empresas, que envolvem entidades públicas e privadas em torno de acções orientadas para o interesse geral, visando a promoção de factores de competitividade de finalidade colectiva.
É neste contexto que se insere a aposta na campanha de Promoção Internacional da Cortiça, o InterCork. Assumido como um projecto estratégico para o sector da cortiça, não só no sub-sector de rolhas como também no sub-sector de materiais de construção e decoração, perspectivou uma intervenção nos mercados internacionais mais relevantes para este sector, de forma a proporcionar o aumento de quotas de mercado, bem como a recuperação da imagem da matéria-prima cortiça.
O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?
Representou o reconhecimento da dedicação, profissionalismo e competência dos profissionais do COMPETE. Como encara este tipo de iniciativa?
Muito positiva na justa medida em que procura premiar casos de sucesso na promoção de um sector que representa muita para a economia do país. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?
Longe de mim considerar-me em condições de dar conselhos aos agentes deste sector ou de qualquer outro sector económico. Diria apenas que este sector e a sua evolução nos anos mais recentes comprovam que é possível inovar mesmo em sectores tradicionais e que é, por vezes, nos sectores tradicionais que é possível introduzir significativos ganhos de competitividade com impacto favorável no tecido empresarial português.
Fruticor – Sociedade Agrícola de Frutas e Cortiças, S.A
É responsável pela gestão de património florestal, numa área total de 5.400 hectares, ocupados em 66% por montado de sobro - o que representa uma capacidade total de produção de cortiça de 270.000 arrobas, ou seja, uma média anual de aproximadamente 30.000 arrobas.
Em 2005, foi a primeira empresa mundial a obter a certificação para o montado de sobro segundo os princípios e critérios do FSC.
A empresa adoptou, também, um registo fidedigno de informação de gestão que, aliado a um eficiente suporte informático, resultou numa leitura e monitorização de resultados até então não disponível.
Contando com uma equipa jovem e dinâmica, atenta aos constantes desafios do mercado, foi possível perceber e direccionar a gestão para três aspectos fundamentais, que resultaram num aumento do desempenho e eficiência dos trabalhadores e da empresa, nomeadamente:
• Racionalização das operações florestais no montado que passaram a ser realizadas em modelos pré-definidos e com base no inventário florestal contemplando as pragas e doenças. Esta ferramenta permite gerir de forma sustentável as propriedades, tendo em conta o estado vegetativo do montado, bem como conhecer os habitats classificados e os altos valores de conservação que merecem uma gestão diferenciada;
Prémio - Floresta
• Alteração nas práticas suberícolas que passaram a privilegiar a promoção da biodiversidade e a protecção da regeneração natural. A beneficiação das galerias ripícolas passou a assumir, também, um papel importante na defesa e preservação da fauna e flora;
• Formação dos prestadores de serviço e colaboradores antes da execução de qualquer operação de campo, definindo procedimentos a cumprir ao nível da execução da operação bem como dos equipamentos a utilizar para cumprimento das regras de higiene e segurança no trabalho. O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?
Esta homenagem e o prémio Floresta que nos foi atribuído pela APCOR representam para a Fruticor o reconhecimento do trabalho que temos vindo a desenvolver nestes últimos anos em prol das florestas, das cortiças de qualidade e da sustentabilidade do montado de sobro.
É também um prémio a uma equipa dinâmica que, com dedicação e empenho, conseguiu há já alguns anos ser a primeira empresa mundial a obter a certificação florestal FSC. Como encara este tipo de iniciativa?
Este tipo de iniciativa é importante essencialmente por dois motivos:
- Faz um justo reconhecimento daqueles que melhor zelam pelas nossas florestas e, especialmente, pela cortiça, um produto que não é apenas o símbolo oficial de Portugal, mas é também a matéria-prima base de um sector económico que cresceu cerca de 15% nos últimos 24 meses e que representa cerca de 2% das exportações nacionais;
- Proporciona um evento /momento que reúne todos os intervenientes da fileira da cortiça, promovendo o contacto entre todos os sectores e colocando-os a par do que melhor é feito ao nível de cada actividade. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?
É importante que o sector da cortiça continue a trabalhar em conjunto e que partilhe o mesmo objectivo de responder às crescentes exigências da indústria e dos mercados. Neste sentido, a certificação florestal torna-se um factor cada vez mais preponderante quer na profissionalização de toda a fileira, desde a produção até à transformação, quer na melhoria da imagem do produto final.
Salientamos a relevância de uma aposta contínua no apoio a projectos florestais que tenham por base povoamentos de Quercus suber, no sentido de perpetuarmos no futuro o sobreiro como símbolo nacional e que encontra em Portugal o seu habitat natural.
Gostaríamos de continuar a ver o apoio a novos projectos e aplicações de cortiça em diferentes áreas e que demonstrem a versatilidade deste produto tão tradicional e ao mesmo tempo tão inovador.
Prémio - Revelação
Gabinete de arquitectura Herzog & de Meuron, e o artista plástico, Ai Weiwei
Arquitectos, suíços, desde 1978 que trabalham juntos em inúmeros projectos. Começaram por fazer apenas uma dupla, mas foram, ao longo dos anos, angariando novos parceiros, tendo, nos dias de hoje, mais de 300 colaboradores em todo o mundo e escritórios em Basileia, Hamburgo, Londres, Madrid e Nova Iorque. Desenvolvem projectos na Europa, na América do Norte e do Sul e na Ásia.
Dedicam-se a projectos de grande escala, como estádios e museus, mas também apartamentos, escritórios e empresas. Já foram reconhecidos com vários prémios: "The Pritzker Architecture Prize" (EUA) em 2001, "RIBA Royal Gold Medal" (Reino Unido) e "Praemium Imperiale" (Japão), ambos em 2007.
Chinês, designer de arquitectura, artista plástico, pintor, comentador e activista social. Juntamente com os arquitectos suíços desenhou o Estádio Nacional de Beijing, na China, em 2008, onde foram realizados os jogos olímpicos desse ano.
Já expôs o seu trabalho em galerias de todo mundo, destacando-se: Mori Art Museum, Tóquio (2009); Haus der Kunst, Munique (2009); e Sherman Contemporary Art Foundation, Cambelltown Arts Center, Sydney (2008). Participou na Bienal de Veneza, em Itália (1999, 2008, 2010); na Trienal de Guangzhou, na China (2002, 2005); na Bienal de Busan, na Coreia (2006); na Documenta 12, na Alemanha (2007) e na 29º Bienal de São Paulo, Brasil (2010).
Em Outubro de 2010, a sua instalação "Sunflower Seeds" esteve no Tate Modern Turbine Hall, em Londres. O artista participou na exibição da Serpentine Gallery's China Power Station, em 2006, e na Serpentine Gallery Map Marathon, em 2010.
Em 2012, juntaram-se para a realização da Serpentine Gallery, Londres. Com 80m3 de cortiça, desenharam um lounge, de forma circular, com uma estrutura complexa multi-nivelar, na qual proliferam 108 peças de mobiliário de aglomerado expandido de cortiça. Com doze colunas que apoiam uma plataforma flutuante e com um espelho de água, a 1,5 metros acima do chão, a obra convida os visitantes para um olhar atento na utilização da cortiça.
O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?
Ficamos muitos agradados por receber este prémio que revela novas formas de trabalhar a cortiça. Isto demonstra que a indústria da cortiça é sensível a ideias diferentes e que reúnem um conjunto multidisciplinar de trabalhos. Como encara este tipo de iniciativa?
Este prémio envia uma boa mensagem para a indústria, geradora de projectos ambiciosos. Serve também de inspiração a cientistas, criadores e designers para incentiva-los na apresentação de novas ideias e projectos. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?
Continuar a encorajar designers e arquitectos para dar ao material novos significados, mantendo a mente aberta para novas formas de pensar e de criar.
Organisation Internationale de la Vigne et du Vin (OIV)
É uma organização intergovernamental de carácter científico e técnico, com competências na área da viticultura, enologia, uvas e mosto e outros produtos relacionados com o vinho. No corrente mês conta com 44 estados membros e 11 observadores, o que traduz a sua importância mundial e económica no mundo do vinho. Muitos destes países são produtores de vinho ou de outros produtos vinícolas, mas outros são mercados consumidores e, por isso, esta perspectiva reforça o trabalho da organização.
A sua missão é fomentar o desenvolvimento da uva e do sector do vinho a um nível internacional. Para alcançar isto, a organização trabalha em dois sentidos:
- Harmonizando as práticas e os standards internacionais, contando com um conhecimento científico mais actual e respeitando os quadros regulamentares existentes;
- Promovendo e difundindo o conhecimento científico e tecnológico, assim como a inovação no sector e recomendando guias de orientação internacionais.
Assim, contribui para aumentar a produtividade, a qualidade e a segurança dos produtos vitivinícolas, assim como apoia as suas condições de produção e o seu marketing, tendo sempre em vista os interesses do consumidor.
Prémio - Rolha de Cortiça
As suas principais preocupações estão relacionadas com todos os aspectos que influenciam o sector do vinho; o impacto das alterações climatéricas na viticultura e enologia; o cálculo da pegada de carbono dos produtos e do negócio do vinho; o potencial uso dos produtos geneticamente transformados; a sustentabilidade e a produção de produtos orgânicos.
Em 2011, lançaram o documento "General Principles of the Greenhouse Gas Accounting Protocol for the Vine and Wine Sector" - que recomenda a utilização da rolha de cortiça enquanto produto sustentável. Esta frase pode ler-se no documento: "as rolhas de cortiça representam uma especificidade do sector vinícola e a sua utilização tem um impacto importante na conservação sustentável da floresta. Devido a este papel importante, o balanço da emissão de carbono da rolha pode ser tido em conta...". O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?
A OIV tem dados orientações muito importantes no que toca à sustentabilidade para a indústria vitivinícola.
Este prémio é uma resposta muito positiva ao nosso trabalho, demostrando que as resoluções da OIV têm um impacto directo nos intervenientes desta fileira e no seu negócio. Como encara este tipo de iniciativa?
Apreciei a oportunidade para poder difundir a informação de que todos temos responsabilidade na protecção do ambiente e temos de estar preparados para os desafios do aquecimento global do planeta. Esta iniciativa é muito importante para motivar a indústria da cortiça a comunicar o valor acrescentado do seu produto ao Mercado do vinho, uma vez que falamos de um produto renovável, reciclável e natural. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?
Como tive a oportunidade de dizer no meu discurso, há uma boa perspectiva para a indústria da cortiça. Para tal, é necessário conseguir manter os mesmos padrões de qualidade e comunicar de forma efectiva as suas mensagens ao consumidor e aos retalhistas, afirmando que a cortiça é a melhor alternativa, já que cumpre todos os requisitos de sustentabilidade e acrescenta valor ao vinho. Os consumidores são sensíveis a estas questões.
Prémio - Mérito
Assembleia da República
Em 2011, o Sobreiro foi elevado a Árvore Nacional de Portugal. Este acontecimento surge com a aprovação, por unanimidade, de um projecto de resolução apresentado no órgão máximo da soberania nacional.
Eis alguns dos argumentos utilizados na resolução e que demonstram a importância desta espécie para o nosso país. "Em Portugal, segundo o último Inventário Florestal Nacional, a floresta ocupa mais de 3,45 milhões de hectares, sendo o sobreiro responsável por mais de 716 mil hectares (23% do total nacional e 32% da área que a espécie ocupa no Mediterrâneo ocidental).
E se a floresta está na base de um sector que é responsável por mais de 10% das exportações nacionais (no final de 2010, era já o 3.º principal cluster exportador) e 3% do PIB, o montado de sobro assume uma importância ímpar no país, particularmente no Sul de Portugal, onde constitui a última barreira contra o avanço da desertificação, para além de que a cortiça – o produto mais nobre do montado de sobro – está na base da única fileira da economia em que Portugal é líder mundial na produção, transformação e comercialização.
Portugal produz cerca de 200 000 toneladas de cortiça por ano (mais de 50 % do total mundial). Constituindo um agro-sistema secular de características ímpares, o sobreiro reveste-se como a essência de um ecossistema fundamental para a conservação da biodiversidade e de espécies ameaçadas, como o lince ibérico ou a águia-imperial ibérica e, por esse motivo, o montado de sobro é um dos habitats prioritários para a conservação da biodiversidade na Europa, segundo estudos desenvolvidos pela World Wildlife Fund, organização internacional de conservação.
O montado e a cortiça são, pois, o fruto de um compromisso entre gerações, e exemplos de sustentabilidade, concretamente pela demonstração de como um sistema agro-silvo-pastoril tradicional pode ser sustentável, preservar os solos e, desse modo, contribuir para evitar a desertificação e consequente despovoamento/desordenamento do território." O que representou para si esta homenagem e prémio da APCOR?
Trata-se de um prémio que foi atribuído ao conjunto de Deputados eleitos para a Assembleia da República, de todos os partidos políticos que aí têm representação, pela sua decisão unânime de elevar o sobreiro a árvore nacional. Não é por isso um prémio ou uma homenagem individual. Pessoalmente, foi com muito prazer que os pude representar a todos nesta distinção. Como encara este tipo de iniciativa?
Através dos premiados e homenageados, percebi a intenção de distinguir e incentivar, todo um conjunto de agentes, por exemplo desde os investigadores aos empresários, que constroem todos os dias – em diferentes segmentos e pontos de vista - um sector ainda mais dinâmico para a nossa economia. Que conselhos/orientações gostaria de deixar para o sector da cortiça?
Desejo que este sector possa tornar-se ainda mais competitivo, consolidando os seus resultados de exploração e aprofundando ainda mais a sua imagem externa de qualidade, sofisticação, modernidade e garantia. O sucesso que possam alcançar é também um selo nacional de prestígio.
O evento contou com a presença da ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, que deu início ao evento, e afirmou que "a cortiça e o sobreiro fazem parte da economia e da cultura portuguesa e tudo faremos para ajudar no seu desenvolvimento e promoção."
A Gala contou com uma forte adesão dos associados da APCOR e de entidades externas ao sector, num total de mais de 260 pessoas. Para o presidente da APCOR, João Rui Ferreira, “a forte participação dos associados revela um espírito de cooperação e coesão na indústria da cortiça, factor que considero decisivo para encarar o futuro”.
O evento teve o apoio principal da LeasePlan - Comércio e Aluguer de Automóveis e Equipamentos Unipessoal, Lda. – e, ainda, o apoio de Aon Portugal – Corretores de Seguros, S.A.; Bureau Veritas; e NextiraOne Portugal – Soluções e Serviços Integrados de Comunicações, S.A.
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