4a Edição da Gala Anual da Cortiça
A APCOR realizou a 4a Gala Anual da Cortiça, no dia 04 de Outubro de 2013,
no Convento do Espinheiro, em Évora, e pretendeu valorizar e reconhecer
a excelência de personalidades e/ou entidades que, nos últimos anos, se
destacaram e contribuíram para a promoção, desenvolvimento e crescimento
do sector e da fileira da cortiça.
A APCOR elegeu sete categorias de Prémios que distinguiram diferentes
áreas do saber. Os premiados foram:
Prémio - Conhecimento
Systecode
Sistema de Acreditação das Empresas mediante o Código Internacional das
Práticas Rolheiras -, pela implementação na indústria de um sistema de
qualidade na produção das rolhas, prémio atribuído à C.E.Liège – Confederação
Europeia da Cortiça.
Criado em 2000 para elevar a qualidade da indústria de cortiça, este
sistema tem permitido, ano após ano, a implementação de boas práticas no
sector rolheiro. É um sistema internacional, gerido de forma independente,
mas reconhecido como um marco na história da indústria. Este ano 345 empresas
em todo o mundo seguiram este código de bem-fazer, sendo que 265 dessas
empresas são portuguesas.
Toda a investigação que esteve na base da criação deste sistema permitiu
conhecer os problemas do sector e propor medidas eficazes para a sua resolução.
É um sistema evolutivo, que tem melhorado progressivamente, tendo em vista
a
uniformidade de critérios na fabricação de rolhas, a motivação das empresas
para as políticas de qualidade do seu produto e serviço, a prevenção do
problema do TCA e, ainda, a rastreabilidade do produto.
O que representou para si esta homenagem da APCOR?
Como presidente da CELiège este galardão significa o reconhecimento do
Systecode para as empresas portuguesas e dos restantes países aderentes
aos sistema.
É o reconhecimento pelos anos de trabalho em prol do sector. É o reconhecimento
do trabalho efectuado pelas empresas em prol da melhoria das condições de
trabalho e, consequentemente, em prol da melhoria da qualidade do produto
rolha de cortiça.
O Systecode é um marco incontestável da indústria da cortiça na última
década. A imagem externa do sector, sobretudo junto dos mercados de vinho,
está intimamente associada aos efeitos potenciados por este sistema de
qualidade sectorial.
Que conselhos/orientações/desejos gostaria de deixar para o sector
da cortiça?
No sector da cortiça nada está feito, tudo está por fazer. Melhoramos a
muitos níveis, mas ao nível das mentalidades ainda temos de evoluir dia
após dia, para que possamos garantir o nosso futuro.
E a título pessoal. Que projectos profissionais tem para o futuro?
A cortiça estará incluída neles?
A título pessoal tenho muitos projectos e a cortiça está incluída em muitos deles.
Ricardo Sousa
Professor do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da Universidade
de Aveiro (UA), pela aplicação da cortiça, em substituição do esferovite,
em capacetes anti-choque.
A equipa de Ricardo Sousa verificou que, teste após teste, a cortiça tem
maior capacidade para absorver o impacto do que o esferovite – material
usado pela maioria dos fabricantes mundiais de capacete – prevenindo danos
de maior dimensão ao motociclista. Os investigadores da UA querem levar
o produto ao mercado desportivo de alta competição onde a segurança e o
risco têm de andar de mãos dadas.
Motociclismo, Fórmula 1, competições automobilísticas, ciclismo e hipismo
são alguns dos desportos onde o capacete da UA pode vir a ser utilizado.
A cabeça dos militares pode igualmente beneficiar da investigação do DEM.
Na calha está já uma empresa nacional fabricante de capacetes que se prepara
para fazer os primeiros protótipos industriais com o novo revestimento.
Prémio - Inovação
Noticias APCOR - O que representa para si esta homenagem da APCOR?
Ricardo Sousa - A homenagem é muito honrosa, representa um reconhecimento
pelo trabalho já feito, mas acima de tudo demonstra as expectativas da
indústria corticeira sobre o futuro e o potencial da investigação nesta
área.
Que conselhos/orientações/desejos gostaria de deixar para o sector
da cortiça?
Mais que orientações ou conselhos, o que desejo é que a APCOR continue o
caminho que está a traçar. De facto, é evidente a aposta em novos produtos
e aplicações para a cortiça. Os prémios dão visibilidade a novas e ideias
e promovem a cooperação entre a academia e a indústria. A APCOR é liderada
por pessoas dinâmicas e inteligentes, que com certeza irão deixar uma marca
de avanço tecnológico no sector.
E a título pessoal. Que projectos profissionais tem para o futuro?
A cortiça estará incluída neles?
Sem dúvida. Quanto mais estudo a cortiça, mais potencial é descoberto.
Espero a médio prazo retribuir este prémio com mais inovação e aplicações.
Neste momento, o grupo Grids do Centro de Tecnologia Mecânica e Automação
tem já algumas ideias em estudo e alunos a desenvolver teses na área.
Prémio - Informação
Maria Augusta Casaca
jornalista da TSF, pela sua reportagem “O País da Cortiça”.
Licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, em 1985.
Em 1993, passou a integrar a redacção de Faro da TSF, onde ainda hoje se
mantém.
O seu trabalho tem sido reconhecido com vários prémios, sendo que, em Março,
a reportagem que ouvimos recebeu a menção honrosa do prémio Pinus - jornalismo
florestal.
Maria Augusta Pavão Romeiro Casaca, nasceu em Olhão em 1963, mas foi em
Faro que frequentou e concluiu o Ensino Secundário.
Em 1981 ingressou no curso de Comunicação Social da Universidade Nova de
Lisboa que concluiu em 1985. Nesse mesmo ano iniciou a sua carreira profissional
como estagiária da redacção de Faro da Radio Difusão Portuguesa (RDP) onde
se manteve até finais de 1988.
Entre 1990-1992, na sequência da expansão das rádios locais, tornou-se
jornalista da Rádio
Solar, desempenhando funções de editora de noticiários.
Em 1993, passou a integrar a redacção de Faro da TSF – Rádio Notícias,
onde ainda hoje se mantém.
Em anos recentes tem-se destacado na elaboração de Grandes Reportagens
para TSF, tendo-lhe sido atribuídos diversos Prémios e Galardões. Em Março
de 2013 é atribuida a menção honrosa do prémio Pinus - jornalismo florestal
à reportagem "O País da Cortiça".
Em Junho de 2013 recebe Menção honrosa do Prémio AMI- Jornalismo contra
a Indiferença pela reportagem " Vidas de Solidão".
Está nomeada para o prémio de de Jornalismo de 2013 "Direitos humanos e
Integração", da Unesco, também com a reportagem "Vidas de solidão."
Notícias APCOR - O que representa para si esta homenagem da APCOR?
Maria Augusta Casaca - Esta distinção que a APCOR me decidiu atribuir é,
acima de tudo, um incentivo para continuar a tentar fazer todos os dias
o melhor trabalho possível como jornalista. É também uma forma de contribuir
para que outros colegas de profissão possam olhar para o sector da cortiça
como matéria para futuros trabalhos.
Que conselhos/orientações/desejos gostaria de deixar para o sector
da cortiça?
Gostaria muito que este continuasse a ser " O País da Cortiça". Para que
essa realidade se mantenha, possivelmente é necessário apostar muito na
promoção dentro e fora do País.
E a título pessoal. Que projectos profissionais tem para o futuro?
A cortiça estará incluída neles?
A título pessoal, além do meu trabalho diário de acompanhar a actualidade,
gostaria de apostar sobretudo na elaboração de reportagens. Considero que
a reportagem é a mais nobre faceta do jornalismo. Quem sabe se um dia descubro
um novo prisma de abordagem à cortiça e sai outra reportagem...
Fundação João Lopes Fernandes
pelos trabalhos de investigação e de promoção que tem desenvolvido em prol
do sobreiro.
O sobreiro e o montado são o foco desta fundação. Criada em 2003, tem por
objectivo a investigação e experimentação suberícola, contribuindo, assim,
para o melhoramento dos agro-sistemas de sobreiro, das suas técnicas de
exploração e da qualidade da cortiça.
Tem desenvolvido projectos de vária ordem, como, por exemplo, o documentário
“Três Pessoas e um Sobreiro – João Lopes Fernandes, Joaquim Vieira Natividade
e António Sardinha d’Oliveira” e estudos para o melhoramento do montado
na região de Montargil.
Organiza diversas iniciativas para a promoção do sobreiro, como seminários,
visitas de estudo, produção e apoio a publicações sobre a temática.
Em 2008 recebeu o Prémio D. Leonor Lopes Fernandes Vieira Lopes destinado
a galardoar autores de trabalhos inéditos e com aplicação prática no domínio
da subericultura. Dois anos
Prémio - Floresta
depois, apoiou a APCOR na realização das filmagens
do vídeo “Cortiça, Cultura, Natureza, Futuro”.
No corrente ano, um dos sobreiros seleccionados para integrar o projecto
GENOSUBER (que pretende descobrir o ADN do sobreiro) está situado na Herdade
que faz parte desta fundação. A qualidade da sua cortiça e o estado exemplar
da espécie foram alguns dos critérios.
Notícias APCOR - O que representa para si esta homenagem da APCOR?
João Lopes Fernandes - Esta homenagem representa o reconhecimento pelo
trabalho desenvolvido pela Fundação João Lopes Fernandes, durante os últimos
10 anos, em prol do sobreiro e da cortiça, procurando divulgar as melhores
medidas de gestão suberícola e apoiando as entidades de investigação científica
na procura do aumento do conhecimento, tendo em vista a sua aplicação futuro
por parte dos subericultores, embebidos assim, no espírito de serviço público
do Prof. Joaquim Vieira Natividade e do Eng. Sardinha de Oliveira, amigos
e colaboradores de João Lopes Fernandes.
Que conselhos/orientações/desejos gostaria de deixar para o sector
da cortiça?
Desejamos que haja uma maior partilha do conhecimento por todos os agentes
do sector, estreitando as relações existentes entre a produção, a indústria
e os centros de investigação, de modo a aplicar de forma eficaz o conhecimento
produzido, com os consequentes ganhos para o sector, e a estabelecer novas
linhas de investigação que interessem a todos, aumentando o prestígio que
os montados de sobro e o seu principal produto, a cortiça, têm internacionalmente.
Numa sociedade cada vez mais aberta só é possível singrar, num sector económico
com tamanha importância estratégica para Portugal, com um estreitamento
de relações entre todos os agentes do sector, aumentando os esforços para
atingir os seus objectivos comuns.
E a título pessoal. Que projectos profissionais tem para o futuro?
A cortiça estará incluída neles?
A título pessoal pretendo continuar a desenvolver as actividades da Fundação
João Lopes Fernandes, tendo em vista a promoção dos montados de sobro, do
sobreiro e da cortiça. Pretendo também colaborar activamente na investigação
e sensibilização dos subericultores sobre as pragas e doenças florestais
que atingem o montado de sobro, numa tentativa de minorar os efeitos do
declínio deste sistema e consequentemente valorizar e promover o produto
cortiça.
Prémio - Revelação
Alexandre Farto aka Vhils
pelos seus trabalhos em cortiça – Diorama Cork Faktory.
É português, mas é um artista do mundo. Tem desenvolvido a sua obra no
meio urbano desde que se iniciou nos graffiti, no início da década de 2000.
É um ávido experimentalista e tem desenvolvido a sua “estética do vandalismo”
em intervenções e exposições individuais e colectivas, um pouco por todo
o mundo. Desenvolve uma pluralidade de suportes – da pintura stencil à
técnica de escultura mural, utilizando meios não convencionais. As suas
peças de rua são facilmente identificáveis, pois esculpe grandes rostos
e skylines de cidades no próprio revestimento da parede que lhe serve de
suporte.
Mudou-se para Londres em 2007 para estudar na University of the Arts (Central
St Martins College of Art and Design) e no ano seguinte realiza a sua primeira
exposição individual.
Actualmente tem trabalhos expostos em Lazarides Gallery (Reino Unido),
Vera Cortês Art Agency (Portugal) e Magda Danysz Gallery (França e China).
Recentemente presenteou o concelho da Feira com uma escultura em cortiça,
Diorama Cork Faktory. O resultado foi surpreendente, ao ponto de ter, logo
se seguida, realizado uma escultura semelhante para o novo edifício da Data
Center da Portugal Telecom inaugurado recentemente na Covilhã.
Notícias APCOR - O que representa para si esta homenagem da APCOR?
Alexandre Farto - É, acima de tudo, uma honra, tanto para mim pessoalmente
como para a minha equipa que trabalhou arduamente neste projecto comigo.
Vejo-o também como uma validação da nova geração de criativos nascidos e
criados em Portugal, com educação suportada pelo Estado português, que tem
sido desvalorizada ou forçada a emigrar como mão-de-obra barata mas altamente
qualificada para o resto do mundo. É importante valorizar as novas gerações
e dar espaço aos criativos neste país, venham eles de que meio vierem –
eu por exemplo comecei num meio não-convencional, o graffiti, e há muitos
outros que começaram por outros lados menos formais ou óbvios. Acho que
é importante o sector industrial e empresarial em Portugal – mesmo as empresas
mais prósperas e com maior tradição –, entender o valor acrescentado que
esta nova geração pode trazer, de modo a contribuir para a inovação e no
final também retribuir ao país todo o investimento que foi feito pelos
contribuintes e instituições, ajudado assim a combater o desperdício
destes valores nacionais e a “fuga de cérebros” que o Sul da Europa cada
vez mais sofre.
Que conselhos/orientações/desejos gostaria de deixar para o sector
da cortiça?
Abram as portas, criem programas de residências com artistas/designers
portugueses, com bons curadores. Dêem espaço, invistam e arrisquem que
os resultados serão certamente surpreendentes. Pessoalmente, uma das coisas
que me dá mais prazer é visitar fábricas e locais de produção e entender
como tudo funciona e pensar de que modo se pode inovar, re-inventar ou
re-utilizar algo que está em produção em massa há mais de 50 anos. Acredito
plenamente que o poder está na aproximação da produção/material do criador
e é aí que acho que se consegue realmente inovar.
E a título pessoal. Que projectos profissionais tem para o futuro?
A cortiça estará incluída neles?
Os projectos alinhados para o futuro próximo são demasiados para enunciar
aqui, mas a cortiça estará certamente incluída e irá continuar a estar.
Fiquei muito entusiasmado com as propriedades deste nobre material após
o primeiro contacto com ele. Desde o primeiro projecto que realizei com
recurso à cortiça, para o Festival Imaginarius, já surgiram outras oportunidades
de desenvolver projectos com ela e não hesitei, estou muito satisfeito
com a sua descoberta e com as possibilidades plásticas que permite. Estou
muito contente com tudo o que aí virá.
ViniPortugal
pelo seu trabalho de promoção dos vinhos portugueses e do apoio à APCOR
na promoção conjunto entre vinho e cortiça.
É a Associação Interprofissional do Sector Vitivinícola e a entidade
gestora da Marca Wines of Portugal. Há 15 anos que se dedica a promover
os vinhos Portugueses.
Fundada em 1997 enquanto associação privada sem fins lucrativos, agrupa
estruturas associativas e organizações de profissionais ligadas ao comércio
(ANCEVE e ACIBEV), à produção (FENAVI e FEVIPOR), às cooperativas (FENADEGAS),
aos destiladores (AND), aos agricultores (CAP) e às regiões demarcadas
(ANDOVI).
Tem levado a marca Wines of Portugal aos quatro continentes e a 11 mercados
estratégicos. Com um investimento anual de perto de 7 milhões de euros
realiza mais de 100 acções anuais de promoção dos vinhos portugueses,
envolvendo cerca de 350 agentes económicos nacionais.
Prémio - Rolha de Cortiça
A sua visão é transformar, no horizonte de 10 anos, a imagem de Portugal
numa marca colectiva de referência, traduzida na tendência crescente das
suas exportações. Em suma, voltar a colocar o nosso país no top 10 dos
maiores países exportadores de vinho.
Desde 2001 que, através de uma parceria com a APCOR, tem sido possível a
promoção cruzada do vinho e da cortiça. Um trabalho meritório e que tem
permitido estabelecer um compromisso entre estes dois excelentes produtos
portugueses.
Notícias APCOR - O que representa para si esta homenagem da APCOR?
Jorge Monteiro - Antes de mais é um estímulo ao nosso trabalho e, em particular,
um incentivo a uma opção assumida pela ViniPortugal de reforçar a cooperação
com o sector da cortiça. Fizemo-lo até hoje por convicção, mas com este
prémio sentimos que temos de progredir mais na relação com a APCOR. Sentimos
que se trata de um parceiro “especial” com quem gostamos de trabalhar. E
não é só a ligação “vinho – rolha de cortiça”. São também as pessoas. E
quando competimos com produtos concorrentes ou sucedâneos, sentimos maior
necessidade de encontrar parcerias nos produtos complementares, que disputam
um mesmo posicionamento no mercado.
Que conselhos/orientações/desejos gostaria de deixar para o sector
da cortiça?
No meu agradecimento à APCOR e sua Direcção tive oportunidade de referir
que foi notável o trabalho desenvolvido pelo sector da cortiça, nos últimos
anos, no sentido de melhorar a sua qualidade, em particular no que respeita
ao TCA e seu efeito no Vinho. Mas, se foi notável aquele trabalho, temos
consciência que, essencialmente nos produtos de mais elevada qualidade,
os mercados são implacáveis, não perdoando falhas, e insaciáveis, não
deixando de exigir qualidade e mais qualidade. Ou seja melhorámos muito,
na qualidade, mas teremos não só de continuar a melhorar mas também garantir
“zero falhas”. Não pode haver atitudes do tipo “desculpe lá, mas da próxima
não irá acontecer!”. Não, qualidade significa também “garantia de qualidade”,
ou seja, temos que fornecer sempre bons produtos, produtos sem defeito.
E a título pessoal. Que projectos profissionais tem para o futuro?
A cortiça estará incluída neles?
Claramente. Numa perspectiva meramente sectorial, o nosso grande objectivo
seria promover o Vinho de Portugal. Mas a imagem do Vinho de Portugal está
muito associada à própria imagem do País e ao valor da sua marca “Portugal”.
Nesta perspectiva temos o maior empenho em valorizar a imagem de Portugal,
como País “de qualidade” (não só vinho mas também a cortiça e outros produtos),
País de “tecnologia” (a industria da cortiça), País “amigo do ambiente e
da biodiversidade” (os montados e a vinha). Ganha a cortiça, ganhamos todos
nós. Se outras razões não houvesse estas seriam suficientes para justificar
uma maior proximidade e articulação. Ainda por cima com uma associação que
reconhece o nosso trabalho!
Prémio - Mérito
Henrique Ferreira Veiga de Macedo e Jorge Mendes Pinto de Sá
Pelo trabalho associativo que desenvolvem há mais de 35 anos em benefício
do sector da cortiça.
Desde os anos 70 que têm estado presentes em diferentes cargos nos órgãos
sociais da APCOR. Henrique Veiga de Macedo foi Presidente da Direcção, no
triénio 1982-1985 e presidente da Assembleia-geral, em vários mandatos,
Jorge Pinto de Sá foi vogal em várias direcções e hoje é vice-presidente
da Direcção.
Fizeram parte da Comissão da Publicidade, criada em 1976. À época uma
iniciativa inédita e visionária destinada a promover a cortiça juntos dos
mercados internacionais.
As negociações dos contractos colectivos de trabalho que resultaram sempre
em acordos anuais e a relação estabelecida com os sindicatos do sector foi
outro dos marcos destes dirigentes. Ambos estiveram presentes na criação
de outros organismos sectoriais como a
CEDULI – entidade que antecedeu a
CELiège -, o Centro Tecnológico da Cortiça (CTCOR) e o Centro de Formação
Profissional da Indústria da Cortiça (CINCORK).
Estiveram, também, envolvidos no processo de integração da Associação de
Industriais e Exportadores de Cortiça, na APCOR, resultando na existência
de uma única associação nacional a representar a indústria da cortiça.
São empresários de referência no sector da cortiça, exercendo cargos na
administração das suas empresas.
Notícias APCOR - O que representa para si esta homenagem da APCOR?
Jorge Pinto de Sá - Esta homenagem representa um reconhecimento público
pelo trabalho em colaboração com outros colegas associados, com quem me
orgulho de ter relacionado durante mais de três décadas em prol do desenvolvimento
do sector da cortiça. Sinceramente não esperava, mas muito me sensibilizou
e nunca esquecerei.
Isto só foi possível porque que todos os presidentes sempre me convidaram
e eu nunca tive coragem de dizer não. Porque sempre fiz os possíveis e
impossíveis por cumprir o meu dever e porque os meus irmãos sempre me
apoiaram. Gostaria que representasse também um exemplo para outros associados
que devem também fazer um esforço e colaborar com a APCOR, na defesa do
interesse de todos, sempre que forem solicitados para o efeito.
Que conselhos/orientações/desejos gostaria de deixar para o sector
da cortiça?
O sector deve continuar a enfrentar os desafios do futuro sempre com a
mesma atitude de união, dinamismo e criatividade na defesa dos interesses
de todo o cluster corticeiro, realizando todas as iniciativas possíveis
que visem promover e defender a cortiça em todo o mundo, preservar o seu
futuro e introduzi-la nas mais diversas aplicações.
Estamos a passar uma fase difícil e complexa no País e no mundo, mas estou
convencido que o século XXI vai ser risonho para a Cortiça, um produto
nobre, sustentável, com características únicas e que nos vai levar a novos
patamares e a áreas inimagináveis.
E a título pessoal. Que projectos profissionais tem para o futuro?
A cortiça estará incluída neles?
Quero continuar a trabalhar para alcançar e superar novos desafios para
o sector e para as empresas onde estou envolvido. Neste âmbito, estou
empenhado, juntamente com os meus irmãos e sucessores já na 3ª geração,
em manter e desenvolver o negócio do Grupo Jorge Pinto de Sá, continuando
a evoluir em capacidade produtiva, organização, qualidade e diversidade
de produtos através de um modelo de integração vertical, com um grupo de
empresas estrategicamente organizadas em áreas de negócio nucleares e
complementares. Tal como a cortiça, evoluir de forma equilibrada e
sustentada, ultrapassando barreiras e introduzindo a cortiça em novos
negócios e sectores.
O evento teve o apoio principal da LeasePlan - Comércio e Aluguer de
Automóveis e Equipamentos Unipessoal, Lda. – e, ainda, o apoio de Aon
Portugal – Corretores de Seguros, S.A.; Bureau Veritas; e NextiraOne Portugal
– Soluções e Serviços Integrados de Comunicações,
S.A.
Para visualizar fotografias do evento clique na fotografia.
Veja aqui informação e fotografias da Gala de 2012.