César Neves & Irmão, Lda.

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César Neves & Irmão, Lda.

O desafio da empresa é manter sempre os mesmos padrões de qualidade— Paulo Neves, director geral da César Neves & Irmão, Lda.

A César Neves & Irmão, Lda. é uma empresa de cariz familiar que iniciou o seu negócio apenas a comprar e a vender rolhas de cortiça, altura em que a habitação do fundador – César Sousa Neves – era também a empresa. Estávamos no ano de 1992 e a empresa contava apenas com três colaboradores. Um ano depois, a autarquia anuncia a abertura da Zona Industrial de Rio Meão e César Neves resolve candidatar-se a um lote para fazer evoluir o negócio. Em 1996, abre então as instalações para se lançar no processo de produção de rolhas de cortiça natural. “Hoje contamos com todo o processo, desde a entrada da cortiça para cozedura, até ao produto final, com excepção de marcação e acabamento final. O processo foi crescendo por etapas, mas hoje somos completamente autónomos”, refere Paulo Neves, o director geral. A empresa produz exclusivamente rolhas naturais, num montante que ronda as 23 milhões de unidades/ano, e conta com 19 colaboradores.

Ao nível dos mercados, a empresa começou por dar prioridade ao mercado interno, mas esta situação foi sendo progressivamente alterada até que, em 2008, o mercado externo suplantou o interno. A César Neves & Irmãos, Lda. exporta, neste momento, para os EUA, Espanha, França e Áustria.

Paulo Neves considera que o “grande desafio da empresa é manter sempre os mesmos padrões de qualidade, pois só desta forma é que conseguimos fidelizar o cliente e continuar a ter uma boa performance da empresa.” Sobre a qualidade, o director geral refere que o Systecode – sistema de acreditação das empresas mediante o Código Internacional das Práticas Rolheiras – “foi e continua a ser uma mais-valia para a empresa e para todo o sector.” E explica: “é um sistema criado para o sector da cortiça, com todas as especificidades que isso implica, e, por isso, consegue responder de forma mais eficiente do que, por exemplo, as normas ISO que são muito generalistas.” Paulo Neves acrescenta, ainda, que “o sistema tem sido evolutivo, o que tem permitido às empresas uma adaptação ao longo dos tempos.” Como vantagens, o empresário aponta: “sensibilização dos funcionários para o produto e a forma como melhor o podemos trabalhar, mudanças radicais nas práticas de laboração, desde a cozedura, ao armazenamento, entre outras, e, muito importante, mudança de mentalidades.”

Formação PME uma mais-valia para as pequenas empresas

Como empresa associada da APCOR, a empresa César Neves & Irmão, Lda. aderiu às últimas duas fases do programa Formação PME. Paulo Neves refere que esta adesão tem sido “muito benéfica” ao nível da formação. “Conseguimos ter uma formação à medida e, ainda, o aconselhamento directo e especializado em determinadas áreas, o que é imprescindível para a empresa.” Paralelamente, o empresário aponta, ainda, dois serviços que considera fundamentais: “o apoio jurídico e o licenciamento industrial, com o envio regular de informação importante; e as campanhas internacionais de comunicação, que têm permitido posicionar a cortiça nos mercados – os meus clientes fazem-me chegar um feedback muito positivo destas actividades.”

Como preocupação global acerca deste sector, Paulo Neves aponta “ a qualidade da matéria-prima: se a cortiça não tiver qualidade não podemos oferecer produtos de qualidade.” E conclui: “queremos garantir sempre o nível de qualidade do nosso produto, para podermos solidificar a nossa empresa e a relação com o cliente, mas para isso temos de garantir a fiabilidade do produto. Ter matéria-prima sem qualidade, é um obstáculo aos nossos objectivos.”

In, Notícias APCOR Janeiro Fevereiro Março 2015

Associado nr.173

Contacto: César Neves & Irmão, Lda.

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