CPF – Cork, Lda.
“Queremos crescer na qualidade e na dimensão da empresa” – Samuel Tavares, responsável da produção da CPF – Cork, Lda.
As origens da CPF Cork, Lda. remontam aos anos 80, altura em que Alexandrino Henrique Ribeiro Tavares se estabeleceu em nome individual, numa empresa que se situava em Vergada, na casa dos pais. Na altura, a empresa não teria mais do que quatro colaboradores. Entretanto, a empresa foi crescendo e em 1996 nasceu a Corticeira Piloto & Filhos, Lda, incorporando nos quadros, para além do fundador, a esposa, Maria Joaquina Silva Barros, e os seus três filhos, Samuel, Fábio e Márcia. Este crescimento levou, também, em 2007, à mudança de instalações, desta vez para a Zona Industrial do Pousado, em Paços de Brandão. Laboraram neste local durante sete anos e voltaram a deslocar-se para outro espaço, ainda dentro da mesma área industrial, onde se encontram nos dias de hoje. No entanto, revela Samuel Tavares, responsável pela produção, “a empresa não tem capacidade de armazenamento da matéria-prima, o que nos leva a recorrer a um parceiro para colmatar esta necessidade”. E continua: “esperamos em dois-três anos poder avançar para a construção da nossa empresa, já que temos estado sempre em espaço alugados e, assim, poder crescer quer ao nível de área coberta, quer descoberta”. O empresário regista que já adquiriram o terreno na Zona Industrial da Azenha, onde será possível usufruir de 600 m2 de área coberta e 1500m2 de área descoberta. “O nosso objectivo é continuar a apostar na empresa e crescer um pouco mais, mas primeiro queremos ter a estabilidade necessária para dar este passo”, afirma Samuel.

Mesmo assim, na CPF Cork, Lda. é possível encontrar todo o processo de fabrico de rolhas naturais, quer para vinhos tranquilos, quer para vinhos espirituosos, e ainda de rolhas especiais, para utilização em farmácia ou para barris. Presentemente, fabricam por ano seis milhões de rolhas de cortiça naturais para vinhos de mesa, 12 milhões de rolhas capsuladas e 700 mil de rolhas especiais. Produto que é enviado para os mercados externos, com França e Espanha a representar 30 por cento do negócio, e o restante é vendido no mercado interno.

Controlo do processo é a garantia para o mercado
“Todo o processo de produção de rolhas é controlado por um laboratório externo, ao nível do TCA, e se não tivermos os valores desejados pelo mercado não podemos avançar”, explica Samuel Tavares. Por isso, a implementação do Systecode (sistema de certificação das empresas mediante o Código internacional das Práticas Rolheiras) que já está na empresa desde 2001 “não foi mais do que uma validação dos processos que a CPF Cork, Lda. já seguia”, refere o responsável da produção. Lembrando que desde 2017 têm o Systecode Premium (um patamar acima de exigência neste sistema). Ainda, para garantir a qualidade exigida, o empresário conta que desenvolveram uma máquina de esterilização/vaporização com “excelentes resultados” ao ponto de quatro outras empresas “já terem uma cópia fiel da tecnologia que desenvolvemos”. É ao nível da tecnologia na linha de produção de rolhas naturais que Samuel Tavares considera que “ainda há muito para evoluir”. “Devemos ser capazes de criar na linha de produção, máquinas com alta tecnologia como aquela que já encontramos na escolha. Máquinas que nos possam dar mais rentabilidade e produtividade e que contribuam, também, para minimizar o cansaço humano, os acidentes de trabalho e aumentar a segurança”, afirma.
Ao nível da relação com a APCOR, o associado refere que “o contacto com as pequenas e médias empresas melhorou bastante nos últimos anos, nomeadamente com a implementação de programas como o Formação PME”. Por outro lado, reconhece o trabalho associativo a nível internacional e que “contribuiu para a renovação e melhoria da imagem da cortiça no mundo”. Termina com palavras de confiança no futuro, lembrando: “gosto do negócio” e “estou disponível para continuar a encontrar soluções que o façam crescer”.
In, Notícias APCOR Julho, Agosto, Setembro 2018
Associado nr.283
Contato: CPF – Cork, Lda.