Amorim Isolamentos, S.A.

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Amorim Isolamentos, S.A.

Há muito potencial para crescer na área dos isolamentos — Carlos Manuel, director geral da Amorim Isolamentos S.A.

A história da Amorim Isolamentos S.A. remonta a 1967, altura em que a Corticeira Amorim adquiriu uma unidade industrial em Silves, Algarve, dedicada à produção de aglomerados expandidos puros (vulgarmente conhecido por aglomerado negro).

Alguns anos mais tarde, em 1985, a empresa cresce e adquiri outra unidade, desta vez em Vendas Novas, Alentejo, denominada ItexCork. A produção destas duas fábricas seguia para o mercado internacional via outra empresa, a ExpoCor, dedicada apenas à comercializa do produto. Em 1996, assiste-se à fusão das três unidades industriais e nasce a Amorim Isolamentos S.A.

Construção Civil é o principal cliente do expandido puro

O aglomerado destinava-se quase exclusivamente à utilização em câmaras frigorificas e coberturas planas e seguia, na sua maioria, para os mercados internacionais, ficando em Portugal uma pequena fatia (actualmente exportam 93 por cento da produção).

Carlos Manuel, director geral da Amorim Isolamentos S.A, relata um pouco da história deste sub-sector. “Antes de 1973, havia muitas empresas a explorar este negócio para além da Amorim. Com o impacto petrolífero, em 1973, e a consequente necessidade de isolamento (redução consumo energético), outros produtos sucedâneos alternativos à cortiça surgiram fortalecidos e bastante competitivos, embora a cortiça surgisse como a opção natural para isolar as habitações. Mas, por outro lado, com as alterações políticas em Portugal decorrentes de Abril de 74, com a subida das matérias-primas, a cortiça sentiu maiores dificuldades de competitividade face aos seus concorrentes.” Este cenário originou o encerramento de muitas empresas em Portugal e na vizinha Espanha. E continua: “esta situação levou-nos a fazer uma abordagem diferente ao mercado. A principal utilização continua a ser para a construção civil (telhados, paredes, etc), mas foi necessário recolocar o produto em segmentos diferentes em termos qualitativos e com uma noção de ecologia e sustentabilidade.” “Temos um produto 100 por cento natural e temos de saber usufruir disso”, afirma.

Amorim Isolamentos coloca no mercado 40/45000 metros cúbicos de aglomerado em placas

Em tempos mais recentes, o sector passou novamente por momentos difíceis: “a conjuntura negativa vivida na construção levou-nos a ter uma posição mais dinâmica e ‘agressiva’ e o produto tem sabido resistir. Acredito que há muito potencial para crescer”, refere Carlos Manuel.

Para o director geral da Amorim Isolamentos S.A. “Portugal tem assumido um papel muito importante neste sector. Aqui é possível desenvolver novas aplicações e parcerias interessantes, com figuras e arquitectos de renome internacional, e depois, a partir daqui, podemos colocar os conceitos nos mercados.” Destas parcerias resultaram novas aplicações, que se juntam ao tradicional isolamento térmico e acústico, como o revestimento/isolamento de fachada exterior (MDFachada), o CorkSorb – uma gama inovadora de absorventes hidrofóbicos vocacionados para o controlo e limpeza de derrames de hidrocarbonetos em meios aquáticos ou em pisos molhados -, o Lambourdé/GypCork – cortiça e gesso para isolamento de interiores-, o Corkoco – com características de isolamento acústicas imbatíveis-, entre muitos outras.

Em termos de vendas, a Amorim Isolamentos S.A. coloca no mercado quantidades entre 40/45000  metros cúbicos de aglomerado em placas; aproximadamente 15 mil metros cúbicos de granulado expandido algumas centenas de metros cúbicos de Corkoco.

Mas para além da inovação, Carlos Manuel fala do papel da empresa para a promoção do produto “ participamos em uma dezena de feiras anualmente e em dezenas de seminários, pois queremos levar a mensagem da cortiça a todo o lado.”
A Amorim Isolamentos S.A. está no mercado com as marcas Amorim (marca institucional), Corkpan (mercado italiano), Corktherm 040 (Áustria, Alemanha e Suíça) e Corkisol (França) e os seus produtos são certificados por instituições de referência em termos ambientais e de qualidade nos diversos países, a saber: ICEA – Instituto per la Certificazione Etica e Ambientale (Itália); Certificado R da Positivlisten (Alemanha), MPA – Instituto de Teste de Materiais da Universidade de Stuttgart (Alemanha), ACERMI – Association Pour La Certification Des Matériaux Isolants (França) e Japan Environment Association (Japão) e a marcação CE.

APCOR cumpre o papel associativo

Para o director geral da Amorim Isolamentos S.A, “a APCOR é absolutamente necessária, porque é uma associação que congrega o sector industrial e que nos permite passar a informação da cortiça de uma forma institucional e globalizada.” E continua: “é o parceiro privilegiado na articulação com as instituições governamentais e por esta via tem sido possível concretizar projectos como o InterCork (Promoção Internacional da Cortiça) que são fundamentais para divulgar a cortiça no mundo.” “Nos últimos tempos, a promoção tem ido mais além da rolha, tem-se promovido a cortiça e outros produtos, e isso é muito importante”, conclui Carlos Manuel.

In, Noticias APCOR Outubro Novembro Dezembro 2013

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