Lusobel, Cortiças Lda.
Inovação e pioneirismo é um objectivo sempre presente — António Espírito Santo, sócio-gerente da Lusobel Cortiças, Lda.
António Espírito Santo e Harry Elzendoorn, um português e um belga, foram os fundadores da Lusobel Cortiças, Lda. – a origem dos criadores da empresa deu origem ao nome da mesma. Em 1988, Harry era um cliente de rolhas de cortiça e mostrou-se interessado em criar uma empresa da área; Espírito Santo já tinha conhecimento na indústria, pois trabalhava há alguns anos no sector; e, assim, partiram para a constituição da Lubobel Cortiças, Lda. A empresa nasceu na Rua de Regadas de Trás, em Santa Maria de Lamas, local onde se mantém até hoje, embora tenha crescido de um pequeno armazém para a área actual. Começaram com dois colaboradores, já atingiram os 34, entre 1995/2000, e hoje ficam-se pelos 16. Têm como actividade principal o acabamento de rolhas de cortiça natural para vinho e espirituosos, vendendo, actualmente para países como EUA e Inglaterra, mas “onde há crescimento das vendas é aqui que nós estamos”, refere o sócio-gerente, António Espírito Santo. Um negócio que actualmente conta com 30/50 milhões de rolhas/ano.

Inovação e Qualidade são as chaves
Desde 2000, que a Lusobel Cortiças Lda. é certificada pelo Systecode – Sistema de Certificação das Empresas mediante o Código Internacional das Práticas Rolheiras – tendo, desde então, incentivando todos os seus fornecedores a aderir ao mesmo sistema, no sentido de atingir o melhor produto para entregar ao cliente. O sócio-gerente afirma: “este sistema tem educado as empresas e possibilitado mais seriedade. No entanto, a certificação tem de começar desde o início na preparação da cortiça e, também, deveriam ser criadas regras para os intermediários que comprem e vendem cortiça. Ajustar o Systecode a estas empresas, criando normas para eles seguirem, ajudaria ao melhoramento de todo o sistema”. António Espírito Santo sugere, ainda, a “transposição do Systecode para a normalização europeia. As regras seguidas por este sistema deveriam ser aplicadas como standard das normas europeias, para que o sector possa melhorar cada vez mais”.

A Lusobel Cortiças, Lda. tem como objectivo “inovar e investir em novos processos de trabalho tendo sido pioneira em muitas das áreas da indústria da cortiça, nomeadamente colmatagem e revestimentos aquosos”, pode ler-se no sítio da empresa. Assim, “tivemos a primeira máquina portuguesa de lavação, a primeira máquina portuguesa de escolha, e a primeira empresa a implementar a colmatagem e lavação à base de água”, refere António Espírito Santo.
Para garantir a qualidade e segurança dos seus produtos, a empresa “iniciou análises de TCA sistemáticas a todos os lotes antes da entrada destes na empresa. Foi, ainda, com o espírito de inovar e evoluir que desenvolveu dois processos revolucionários: processo BEMA e Processo D’AROMA”, são outras notas deixadas pela empresa na sua página da Internet.
No que toca ao trabalho da APCOR, o empresário aponta a informação que circula através dos meios da associação. E deixa algumas sugestões: “a realização de reuniões com os associados dos vários sub-sectores poderia contribuir para perceber os problemas que cada sub-sector e facilitar a busca de acções e soluções para os mesmos”. Ao nível sectorial, aponta ainda algumas medidas: “um maior controlo do TCA para credibilizar o sector; um Systecode laboratorial para encontrar padrões nos testes realizados e evitar discrepâncias de valores; uma formação específica para os comerciais que vendem as rolhas de modo a uniformizar mensagens, a gerar um conhecimento mais profundo das rolhas mas também as garrafas, para poderem sugerir a melhor solução aos seus clientes”.
In, Noticias APCOR Janeiro Fevereiro Março 2013
Associado nr. 124
Contactos: Lusobel Cortiças, Lda.