SOCORI – Sociedade de Cortiças de Riomeão S.A.
A cortiça e os seus produtos têm uma imagem muito positiva — Joao Brito, director-geral da SOCORI
A SOCORI – Sociedade de Cortiças de Riomeão S.A. nasceu em 1988, como filial do grupo francês ETS Christian Bourrassé, S.A. Localizada na Rua da Tapadinha, em Rio Meão, começou por laborar apenas com 14 funcionários, contando, nos dias de hoje, com cerca de 270. A empresa começou por comprar rolhas de cortiça e só gradualmente é que avançou para a sua produção. As rolhas naturais foram o primeiro produto, depois avançaram para os granulados e as rolhas aglomeradas e de sidra pelo método de extrusão. Mais tarde alargou a sua actividade à manufactura de discos e rolhas técnicas 1+1, seguindo-se o fabrico de rolhas de microgranulado, e mais recentemente é que apostaram nas rolhas de champanhe. Destaca-se que a empresa detém todo o processo para a produção destas rolhas, desde a aquisição da cortiça directamente na floresta e entrada em estaleiro até à marcação e embalagem, passando, ainda, por um laboratório que assegura os testes de controlo da qualidade, em duas estruturas que perfazem mais de 22 000 metros quadrados de área coberta, destacando-se a área para o estaleiro que ocupa mais de 50 000 metros quadrados.

A casa mãe em França e a delegação da empresa no Chile recebem a maior parte da produção de rolhas da SOCORI. Daqui, as rolhas da empresa partem para vários países no mundo.
A SOCORI conta, actualmente, com uma produção anual de rolhas na ordem dos 700 milhões e um volume de vendas que ronda os 34 milhões de euros/ano.
A empresa é certificada pelo Systecode, desde 2002, sendo que este ano conseguiu a certificação Premium – a Confederação Europeia da Cortiça lançou este ano o desafio às empresas para uma certificação mais apertada e que premeia as empresas com preocupações ambientais, dando o nome de Sytecode Premium. “Este sistema tem servido para melhorar significativamente a qualidade dos produtos de cortiça e deve ser aprofundado continuamente”, refere João Brito.
A SOCORI é, ainda, certificada pelo sistema ForestStewardshipCouncil (FSC) na sua cadeia de custódia.

Pro modo oratio liberavisse an
Para a empresa associada da APCOR “a defesa comum dos interesses dos associados e de tudo o que está relacionado com a fileira” são dois dos pontos a destacar no trabalho da associação. João Brito, director-geral da SOCORI, aponta ainda “a recepção de informação legal e aconselhamento, as estatísticas e a informação geral sobre o que se passa no mundo da cortiça e da utilização dos seus produtos e a promoção internacional da cortiça.” O associado lembra ainda “a criação do Centro Tecnológico da Cortiça (Ctcor) e o Centro de Formação Profissional da Indústria da Cortiça (Cincork), o lançamento do Systecode, a participação na Associação Interprofissional da Fileira da Cortiça (Filcork), a organização do Congresso Mundial da Cortiça e da Gala Anual, e o grande projecto de comunicação InterCork – Promoção Internacional da Cortiça.”
Para trabalho de casa, João Brito sugere “o reforço do trabalho conjunto entre a APCOR, o Ctcor e o Cincork, com o objectivo de alargar e melhorar o apoio aos empresários, o apoio às empresas mais pequenas na melhoria contínua da qualidade dos seus produtos, a continuação do InterCork e o reforço da cooperação com as associações de produtores florestais na defesa da fileira da cortiça.”
De um ponto de vista sectorial, o director-geral da SOCORI, considera que “a imagem da cortiça e dos seus produtos é muito positiva. É reconhecido que a indústria fez enormes investimentos e um grande esforço para melhorar a qualidade e performance dos seus produtos.” Mas lembra que “ é necessário um trabalho permanente e de consolidação do que foi feito, aliado à aposta na inovação e no desenvolvimento de novos produtos. Só assim se conseguirá a recuperação e alargamento dos mercados da cortiça.”
IN, Noticias APCOR Julho, Agosto, Setembro de 2012
Associado nr.118
Contactos: SOCORI – Sociedade de Cortiças de Riomeão S.A.