J. A. Beira, Lda.
Já conquistamos a Rainha de Inglaterra! – Maria de Lurdes Beira, sócia-gerente da J. A. Beira, Lda.
Com 110 anos de existência, a J. A. Beira, Lda. é uma empresa que foi passando de geração em geração, embora o nome actual não tenha mais de 30 anos. Presentemente, Maria de Lurdes e José Alberto Beira (que com o seu pai Alberto Beira refundou a empresa a 19 de Junho de 1979) assumem o comando da empresa, mas já têm como sucessor o seu filho, José Beira, que há 12 anos acompanha os pais neste percurso. Para além da gerência, os colaboradores assumem um lugar de destaque dentro da J.A.Beira, Lda. Dos 33 funcionários ao serviço, vários somam já mais de 25 anos de casa. “A administração tem sempre as portas abertas para receber e ouvir os seus trabalhadores, e isto faz toda a diferença” afirma Maria de Lurdes Beira. Ainda assim, considera que “um dos problemas com que as empresas se debatem são os trabalhadores menos empenhados que prejudicam o trabalho dos colegas e põem em causa a imagem das empresas.”
Dedica-se, essencialmente, à produção, acabamento e comercialização de rolhas de cortiça naturais e técnicas, nas áreas dos capsulados e rolhas de embutir, mas o seu foco é as rolhas capsuladas Premium Series ®. Vendem, essencialmente, para o mercado externo, 120 mil unidades que são usadas para vedar cognac e whisky. Maria de Lurdes Beira conta que “em Inglaterra, até a rainha já conquistamos”. No currículo da empresa, está uma série de 60 rolhas produzidas para o jubileu de diamante da Rainha Isabel II. Feitas com prata maciça, as rolhas subiram ao trono no Palácio de Buckingham para comemorem os 60 anos da coroação de sua majestade.
A exportação representa cerca de 75 por cento do volume de negócios, sendo o Reino Unido o principal mercado. Segue-se a França, os países de Leste, o México, a Espanha, a Alemanha e o Chile.

O mercado português, apesar de não apostar numa gama alta, também se mostra importante. José Beira, filho de Maria de Lurdes, refere que “no mercado nacional é a variedade de qualidades e referências que permite obter uma correta competitividade e rentabilidade na empresa”. E continua: “o panorama nacional não foi sempre assim. A aposta era em produtos de qualidade superior, mas a crise e a necessidade de concorrência, fizeram os clientes optar por produtos mais económicos. No entanto, o mercado nacional mostra indícios de abertura a rolhas/produtos de luxo, como a Premium Series ®.”
“Em Portugal, o Grupo conta com três unidades, a saber: unidade de produção – dedicada à produção de rolhas naturais que são exportadas para todo o mundo e com uma capacidade de produção de 700 milhões de rolhas por ano; unidade de finalização – dedicada à marcação, tratamento de superfície, embalamento e controlo da qualidade de todas as rolhas enviadas para as adegas de toda a Europa e com uma capacidade de produção instalada para 150 milhões de rolhas acabadas por ano; e, por último, unidade de preparação – foi alvo de uma reformulação recente e está apta para preparar a cortiça proveniente dos produtores florestais no seu estado cru, recorrendo à mais moderna tecnologia para o processo de cozedura”, explica Isabel Allegro, administradora da CSP.
A empresa produz e comercializa rolhas de cortiça para países de todo o mundo, nomeadamente para: EUA, Austrália, Argentina, África do Sul, Europa, Israel, Países de Leste, entre outros.
No início da actividade da CSP, em 1995, a estratégia da empresa era produzir e comercializar para empresas do Grupo. Mas, a partir da década passada começa a desenvolver-se nos mercados Europeus alargando a sua rede comercial diretamente às caves na Europa. “Paralelamente, por esta altura, tornou-se claro a importância da verticalização do Grupo e, no encalce deste objectivo, começamos a comprar matéria-prima, indo directamente à floresta”, conta Isabel Allegro.

E continua: “o forte crescimento nestes novos mercados e a necessidade de modernizar e optimizar a produção levaram à decisão de construir uma nova fábrica, que foi inaugurada em 2008, com uma capacidade instalada de 700 milhões de rolhas anuais.”
Para além dos investimentos na optimização da qualidade dos vedantes e da expansão pelos cinco continentes, a história do Grupo Cork Supply é, também, marcada pela inovação. “O cartão-de-visita do empreendedorismo do Grupo é sem dúvida a I&D, sendo um dos exemplos a tecnologia Innocork®. Trata-se de um processo patenteado, desenvolvido pelo Grupo Cork Supply e pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, e que reduz de forma significativa aromas potencialmente ofensivos, tal como o Tricloroanisol (TCA)”, refere a administradora. Este processo foi apresentado, no final de 2007, na feira de vinhos SITEVI, em Montepellier, França, e recebeu o Prémio de Prata de Inovação.
Inovação e Qualidade associam-se à responsabilidade social
A J.A.Beira Lda tem apostado na inovação e qualidade à qual associa um trabalho social junto de entidades de apoio a crianças, jovens e idosos de Vilar do Paraíso (projecto Paraíso Solitário).
É certificada pela NP EN ISO 9001:2000, NP EN ISO 22000:2005, NP EN ISO 14001:2004 e Código Internacional das Práticas Rolheiras (CIPR) desde 2001. “Investimos em novas máquinas e processos que trouxeram uma maior capacidade de resposta e garantia de qualidade aos nossos clientes”, refere a sócia-gerente. E continua:” se não tivéssemos tido essa evolução há uns anos, muito antes da crise, seria impossível mantermos a empresa estável actualmente.” A outra aposta é a proximidade e dedicação ao cliente. “Esta relação é construída com honestidade e respeito e ter uma empresa é estar 24 horas disponíveis”, afirma Maria de Lurdes Beira, que reconhece que “muitas vezes trabalho e família estão no mesmo patamar.”
No que toca à relação com a APCOR, a sócia-gerente destaca como principais trabalhos “a informação disponibilizada das várias áreas e as campanhas de promoção e comunicação – que permitem levar as mensagens da cortiça aos nossos consumidores.”
In, Notícias APCOR Abril Maio Junho 2014
Associado nr. 130
Contacto: J.A.Beira, Lda.