JACORK

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Seguimos os standards mais elevados de qualidade – Jorge Amaral, Director de Operações da JACork

José Américo de Sousa e Isabel Amaral fundaram, em 1987, a J.A. Rolhas e Cápsulas, Lda. Ele trabalhava no sector por conta de outrem e ela advogada de formação. O conhecimento do sector da cortiça fez com que se aventurassem num negócio próprio, na altura com apenas três colaboradores e num pequeno local em Santa Maria de Lamas. Nos dias de hoje contam com 49 colaboradores directos e estão instalados numa superfície de 6000 m2, em São João de Ver. Em 2018, “a empresa avançou com uma marca mais internacional a JACork, com o intuito de responder à crescente expansão do negócio no mundo”, referiu Jorge Amaral, director de operações e filho do casal.

Se no início se dedicavam às últimas fases do ciclo de produção, como os acabamentos, e à comercialização, ao longo dos anos foram investindo na sua capacidade de produção e de processos de fabrico, o que lhes permite ter, actualmente, um leque variado de soluções de vedantes à base de cortiça destinados a vinhos tranquilos, vinhos efervescentes e espirituosos. “A produção de rolhas técnicas é realizada integralmente na empresa, bem como a produção de cápsulas de plástico e, mais recentemente, de madeira”, explica Jorge Amaral. E continua: “as rolhas naturais são adquiridas em bruto e realizamos todas as fases até ao produto final.” “O negócio está dividido entre 50 por cento para os espirituosos e 50 por cento para vinho e champanhe, sendo que 80 por cento é para exportação directa para os cinco continentes”, revela Jorge Amaral. A produção anual de rolhas chega às 130 milhões de unidades que chegam à Europa Ocidental (Espanha, França, entre outros) e Europa de Leste e, ainda, à Ásia Central, mas também aos EUA, África do Sul e, mais residual, Austrália.

Competir pela qualidade

“O crescimento que tem marcado a empresa tem que ver, essencialmente, com uma aposta clara na qualidade. Conseguimos competir nos mercados mais exigentes pois apostamos na qualidade do nosso serviço e dos nossos produtos e processos, ao qual associamos a sustentabilidade como arma de venda”, revela Jorge Amaral. E reforça: “desde a entrada da matéria-prima ao produto final seguimos rigorosas práticas, tendo sempre em mente os clientes e garantindo a personalização e a total satisfação das suas necessidades específicas.” As certificações de qualidade são a prova disso. A JACork é certificada pelo Systecode Excellence (o patamar mais exigente do sistema de certificação das empresas mediante o Código Internacional das Práticas Rolheiras), a ISO 9001 – Qualidade, ISO 22000 – Segurança Alimentar e encontra-se em processo de certificação pela BRC – Packaging Alimentar. “Aderimos a estas certificações não porque nos é exigido, mas como estado de arte. Para nós é fundamental seguirmos os standards mais elevados de qualidade”, afirma o director de operações.

A sustentabilidade está na mira da empresa há vários anos. Jorge Amaral dá alguns exemplos de acções implementadas ou em implementação: “utilizamos os desperdícios para produzir energia – biomassa, vamos instalar painéis fotovoltaicos para reduzir a pegada energética, acabamos com a utilização de garrafas de plástico na empresa e estamos a apostar na produção de cápsulas de madeira, um produto natural.”

Cortiça é um sector de futuro

No que toca à relação com a APCOR, o associado refere que “é excelente”. E realça duas vertentes que considera fundamentais na actuação da associação: promoção do sector e do produto cortiça, numa óptica global que refere “tem sido meritória” e a relação estratégica que estabelece com outros organismos públicos, outras associações, os stakeholders do sector.

A um nível mais sectorial, Jorge Amaral lança dois desafios: o sector deve repensar a sua forma de estar no mercado internacional e alterar as expectativas, colocando uma barreira mais acima. E passa a explicar: “a forma como as empresas promovem o produto cortiça deve estar mais alinhada para que assim se possa conquistar mais quota aos nossos concorrentes de produtos artificiais.” Sobre as exportações, Jorge Amaral considera que o “sector deve ter uma meta mais ousada e o caminho para lá chegar é a valorização do produto.” “A rolha de cortiça tem um mar de oportunidades e não devemos ter receio de colocar a fasquia nos 1200 milhões de exportações, no curto prazo”, desafia o empresário. E exemplifica: “os clientes estão dispostos a pagar mais por um produto mais sustentável, ainda há muito espaço para crescer nos produtos de gama média e nos espirituosos a margem de crescimento é ainda maior.” É por acreditar no futuro do sector que Jorge Amaral agarrou este negócio de família há quatro anos. “O sector evolui tanto nos últimos anos que não tenho dúvidas que está cá para ficar”, remata. É esta certeza que fez com que a JACork apostasse numa nova unidade industrial para a ampliação da empresa e que estará concluída no final de 2020.

In, Notícias APCOR Outubro, Novembro, Dezembro 2019

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