Pinto & Filhos, Lda.

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A cortiça é o nosso ouro – Carlos Pinto, administrador da Pinto & Filhos, Lda.

A empresa Pinto & Filhos, Lda nasceu em 1965, em nome individual, pelas mãos de Joaquim Dimas Pinto. O seu percurso começou na Mundet, mas devido às dificuldades que a fábrica estava a enfrentar, Joaquim resolveu abraçar o seu negócio. A vila de Mora, em Évora, foi o local escolhido, sítio onde a empresa sempre se manteve. Em 1979, integram a empresa a esposa, Luzia Jesus Martim Nunes, e os dois filhos. Mas com o falecimento dos pais, em 2013, apenas Carlos Pinto resolve dar continuidade ao negócio de família, chamando, ainda, para a gerência, a sua esposa, Ana Paula Pinto.

A Pinto & Filhos, Lda dedica-se à preparação da cortiça, com a aquisição da matéria-prima no mato, cozedura, traçamento e acondicionamento do material em paletes ou fardos, tendo como destino o mercado nacional. Contam, neste momento, com três colaboradores, um número que oscilou ao longo do tempo – chegaram a ter 12 colaboradores nos anos 90-, mas que agora estabilizou “até porque há falta de mão-de-obra”, comenta Carlos Pinto, administrador da empresa.

No que toca à modernização da empresa, o responsável fala das obras de remodelação que ocorreram em 1992. “Fizemos um investimento em toda a unidade de modo a responder às novas exigências que estavam a ser colocadas. Desde logo, com o investimento em paletes de inox, caldeira em inox, pavimento em cimento e outras pequenas obras”, descreve Carlos Pinto. Esta preparação permitiu à Pinto & Filhos Lda aderir, logo no primeiro ano, ao Sistema de Certificação (Systecode) das empresas mediante o Código Internacional das Práticas Rolheiras (CIPR). Acreditação que mantêm até aos dias de hoje, até porque “o sistema alerta para melhorias e cuidados que devemos ter e elevou toda a indústria para um patamar de exigência que devemos manter”, refere o empresário.

O papel do associativismo

A Pinto & Filhos Lda começou o seu percurso no associativismo ainda na extinta Associação de Industriais e Exportadores de Cortiça (AIEC) e continuou após a fusão com a APCOR (em 2008, a AIEC é fundida com a APCOR e os seus associados passam a integrar a única associação nacional do sector). Para Carlos Pinto, “os serviços que a APCOR presta aos associados ao nível da disponibilização de informação, da legislação laboral, das novidades sobre o sector e da promoção da cortiça pelo mundo são muito importantes para o desenvolvimento de toda a fileira.” O empresário não descura, no entanto, “a atenção que se deve dar ao montado” e que considera ser “uma prioridade”. “Aqui na nossa região estamos a ficar com árvores muito envelhecidas, a cortiça já não tem a mesma qualidade, e temo que se nada for feito podemos ter dificuldades em encontrar cortiça para todos”, alerta o empresário. E continua: “a cortiça é o nosso ouro e está a ficar um pouco esquecida com a aposta noutras árvores. É preciso acompanhar mais de perto a evolução dos nossos montados, apostar em I&D, para ser possível crescermos de forma sustentável e, assim, assegurar o futuro das novas gerações.”

In, Notícias APCOR nr. 102

Associado nr. 349

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