Rolhacork – Indústria de Cortiça Lda.
Em 1978, cinco irmãos juntaram-se para formar a empresa Rolhacork – Indústria de Cortiça, Lda. Alcino, Amaury, David, Moisés e Manuel Tavares deitaram mãos à obra: três ficaram na broca, um na rabaneadora e outro no escritório. Rapidamente perceberam que precisavam de mais uma ajuda e entraram mais duas pessoas para a escolha das rolhas. A empresa implantou-se no mesmo local onde se encontra até hoje, Rua de São Tiago, em Lourosa, mas foi crescendo à medida que as necessidades foram aumentando. O mercado interno foi o primeiro foco, mas logo no terceiro ano de laboração começaram a exportar para mercados como a Alemanha e os EUA – a estes países juntam-se, nos dias de hoje, Espanha, França e Suíça. A Rolhacork – Indústria de Cortiça Lda. produz exclusivamente rolhas de cortiça natural, atingindo, em média, a produção de 22 milhões de rolhas por ano.
Esta capacidade produtiva foi atingida com a ajuda da aquisição de uma empresa em laboração, a Coimbra e Irmão Lda., em 1996. Seis meses depois da compra, é constituída uma nova empresa à qual se deu o nome de IUSA. Por esta altura, eram 40 os funcionários que faziam parte desta empresa familiar. Em 2011, a IUSA é incorporada na Rolhacork – Indústria de Cortiça Lda., passando a existir, então, duas unidades industriais da mesma empresa, uma em Lourosa e outra em Mozelos.
Actualmente, a Rolhacork – Indústria de Cortiça Lda. conta com 17 trabalhadores e quatro sócios-gerentes – o mais velho dos irmãos, Alcino, faleceu em 2002. Curiosamente, foi este irmão o impulsionador da empresa pois era aquele que já estava no sector, era quadrador tal como o pai. Os restantes irmãos passaram por outras áreas de actividade e, às vezes, nas férias ou no final do dia, iam fazer umas horas para empresas de cortiça. “Quando resolvemos avançar para a nossa empresa tivemos um Verão aqui todos na empresa a brocar, foi uma espécie de formação intensiva”, recorda Amaury Tavares.

Qualidade para satisfazer os clientes
Desde 2001, que a Rolhacork – Indústria de Cortiça, Lda. é certificada pelo Systecode – sistema de certificação das empresas mediante o Código Internacional das Práticas Rolheiras. “A adesão ao Systecode permitiu-nos corrigir alguns pontos no nosso trabalho que estavam menos bem. É sempre bom aprender, melhorar, inovar, e estar nesta certificação é, sem dúvida, uma aprendizagem em prol da qualidade”, refere David Tavares. E acrescenta: “o ponto menos positivo tem que ver com os custos de adesão. Como temos dois locais no negócio, temos de pagar a dobrar e isso é muito gravoso para as empresas pequenas.” Mas “os clientes pedem a certificação de qualidade e, por isso, temos a certeza que foi uma boa aposta para melhorar os nossos padrões de qualidade”, conclui o empresário.
Foi para melhorar, também, os processos de fabrico que a Rolhacork – Indústria de Cortiça Lda. aderiu ao programa Formação PME, desenvolvido pela APCOR. “Aprendemos sempre e aumentar o conhecimento é sempre uma grande vantagem”, afirma Amaury Tavares. E é por conhecerem os benefícios no tratamento da cortiça que os empresários afirmam que “é necessário chegar-se à floresta com mais algumas exigências. Vemos a cortiça em cima da terra, o empilhamento pós-extracção não é o mais adequado, penso que deveríamos melhorar na origem para que a qualidade da cortiça fosse assegurada em todo o seu processo de fabrico.”
Quanto à conjuntura do sector, os sócios-gerentes da Rolhacork – Indústria de Cortiça Lda. não têm dúvidas que é “a economia da Europa que coloca algumas dificuldades ao sector. Se a economia melhorar todos sairão beneficiados.”
In, Notícias APCOR Outubro, Novembro, Dezembro 2015
Associado nr.197
Contacto: Rolhacork – Indústria de Cortiça Lda.